A Gol anunciou um novo modelo para contagem de milhas, em
que as tarifas promocionais não passarão a acumular pontos, informou a
companhia aérea na noite de terça-feira (11), afirmando que a mudança
recompensará o cliente que é mais fiel à empresa.
Nos voos domésticos, o cálculo levará em conta o valor da
passagem, em vez da distância do voo como é atualmente. Já nos voos
internacionais, a referência continuará sendo a distância. As novas regras
passarão a valer para as compras feitas a partir de 10 de outubro, segundo
afirmou a companhia em comunicado.
"Com a mudança, os clientes serão estimulados a
acumular mais milhas voadas e resgatar bilhetes prêmio com maior
frequência", disse a empresa.
Para as passagens domésticas, cada R$ 1 gasto pelo
passageiro será convertido em 3 milhas na tarifa flexível ou 2 milhas na tarifa
programada. As tarifas promocionais não vão mais acumular milhas. Segundo a
Gol, elas "já oferecem benefícios nos preços".
Nos voos internacionais a mudança ficou por conta do número
mínimo de milhas recebidas. Serão 5.000 milhas em voos para os Estados Unidos,
3.000 milhas para a América Central e 1.000 milhas para destinos na América do
Sul.
"Para voos codeshare (em que há compartilhamento com
outras companhias), não existe mínimo, porém as conexões também serão
consideradas para o acúmulo de milhas", informou a Gol.
Na tarifa promocional e programada, os clientes de voos
internacionais receberão o piso. Na tarifa "flexível", ganharão 25% a
mais sobre o patamar mínimo. O acréscimo será de 50% na tarifa
"comfort", mais cara.
A Gol afirmou que clientes Smiles Diamante da companhia
passarão a acumular no mínimo 1.000 milhas em qualquer voo da empresa, exceto
para as tarifas promocionais nos voos dentro do Brasil.
A concessão de bônus por categoria de fidelização continua
sendo contemplada na política de milhagem: os clientes Smiles Diamante recebem
100% a mais sobre as milhas acumuladas, os clientes Ouro ganham 50%a mais e os
clientes Prata, 25%.
O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, afirmou no final de
agosto que a empresa poderia intensificar corte de oferta de assentos por causa
da alta do dólar contra o real frente a um nível fraco de atividade econômica
do país.
A Gol tem reduzido oferta em voos domésticos desde 2011
diante de alta nos preços do combustível de aviação, agravada pela valorização
do dólar. A meta da empresa é reduzir capacidade em 9% este ano.
Fonte: Folha
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