quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A380 - Gigante em busca de pouso


Quando a Airbus lançou o primeiro avião comercial, em 1972, pouca gente acreditava que fosse possível uma máquina daquele tamanho cruzar o oceano Atlântico com apenas um motor. Três décadas depois, a maior fabricante de aviões comerciais civis do mundo, ao lado da Boeing, pretende agora ser conhecida por colocar um avião no ar capaz de transportar até 800 passageiros de uma única vez. De olho nos mercados do Oriente Médio, da América Latina e da Ásia, a Airbus quer o A380 à frente da linha de vendas para concorrer com o 747-800, da principal concorrente norte-americana.


A fabricante franco-alemã está  implementando o conceito de aviação que tem como estratégia recolher o maior número possível de passageiros em um grande aeroporto chamado de hub e distribuí-los para os destinos finais, normalmente em voos de longa distância. O modelo já foi adotado pela Boeing com o 747-800. O A380 está sendo vendido pelas companhias aéreas  como o maior e mais luxuoso avião do mundo. Desde que entregou o primeiro, em 2007, para a Singapore Airlines, a Airbus já vendeu 90 unidades da aeronave para nove companhias aéreas da Europa, da Ásia e do Oriente Médio. Até o fim do ano, pretende entregar mais 29 unidades.


Apesar de ser o segundo mercado com maior projeção de crescimento na aviação civil no mundo — depois do Oriente Médio —, a América Latina é o único continente para o qual a máquina ainda não voou. Adalberto Febeliano, consultor técnico da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), acredita que o A380 pode ser uma solução para reduzir os gastos das companhias e otimizar o espaço de aeroportos saturados. "Ele economiza tripulação e combustível, porque tem capacidade para levar os passageiros de dois aviões (normais)", avalia. "A gente ouve dizer que os passageiros gostam muito de viajar no 380. Mas a companhia tem que voar com ele cheio. Senão, vai ter um prejuízo enorme", pondera.

"Eventualmente, as passagens podem até ficarem mais baratas. Nos aviões de grande porte, você tem um ganho de produtividade. O seu custo por assento fica mais baixo, porque continua tendo um piloto e um copiloto, só que há 800 pessoas para pagar o salário desses caras. Em compensação, o custo por viagem aumenta muito. Então, para viabilizar a atividade desses aviões, a rota tem que ter um número de passageiros  muito alto", avisa Febeliano.

Para o A380 operar no Brasil, seria necessário, no entanto, que as pistas dos aeroportos nacionais passassem por adaptações para fazer pousos e decolagens mais seguros, já que a aeronave, equipada com dois motores, tem dimensões maiores. Elas teriam de ser alargadas em sete metros e meio nas laterais para suportar o impacto provocado pelas turbinas do avião. "Essas modificações parecem precisar de muito dinheiro, mas são apenas milhões não bilhões. Outros terminais fizeram esse investimento, porque sabem que será pago logo", explica Thomas Bürger, gerente de produtos da Airbus.

Custos menores

De acordo com o analista de marketing da Airbus, Riccardo Spimpolo, a Emirates queria ter começado a operar o A380 em Guarulhos (SP), em março passado, mas a saturação da capacidade do aeroporto inviabilizou a intenção. Além do aumento nas pistas, é necessária uma adaptação dos fingers, já que o avião conta com três portas de desembarque, sendo uma superior.

 
De acordo com a Airbus, três empresas, no total, já demonstraram interesse em voar com o carro-chefe da Airbus ao Brasil. A Emirates é a maior delas, com 27 aeronaves adquiridas nos últimos cinco anos. Com a cabine mais larga — são 7,14 metros —, a autonomia de 15 mil quilômetros e a possibilidade de transportar até 853 passageiros caso os assentos sejam dispostos em classe econômica, o A380 representa um impacto no mercado da aviação. A fabricante estima uma redução de até 20% nos custos operacionais se ele estiver sempre cheio. "Não é um avião de luxo, é para transportar muitas pessoas. Mas, como é maior, pode oferecer mais conforto", garante Spimpolo.

 
Um dos grandes desafios da aviação civil hoje é reduzir o consumo de combustível, um dos itens que mais encarecem os custos operacionais. A competitividade depende desse detalhe, e, a cada lançamento de aviões com novas tecnologias nesse sentido, é preciso renovar a frota. Segundo a Airbus, a TAM comprou 27 aviões modelo A350 com capacidade para 250 pessoas e redução de até 25% dos custos operacionais. Tanto o Boeing 787 quanto o A380 são fabricados com material composto, o que deixa a fuselagem mais leve e reduz o gasto de combustível.


Disputa acirrada


O hub e os voos ponto a ponto são dois conceitos diferentes de mercado e dependem da demanda da aviação civil de cada país. No Brasil, ambos convivem. O Aeroporto de Guarulhos é o maior hub do país, enquanto a ponte aérea entre Rio de Janeiro e São Paulo é um exemplo de ponto a ponto — capaz de transportar passageiros de uma origem a um destino final sem que seja necessário passar por dois aeroportos. O sistema de hub é o mercado visado pela Airbus com o A380 e pela Boeing com o 747-800. A briga pelo mercado entre as duas empresas se tornou pública, e uma acusa a outra de mentir sobre o rendimento das duas aeronaves. A Boeing garante que seu 747-800, capaz de transportar 467 passageiros, é 26% mais econômico que o A380. Já a Airbus diz que o avião da Boeing é apenas 10% mais econômico, enquanto o 380 é 30% maior e ganharia vantagem na capacidade de passageiros.


Crescimento


De acordo com a Airbus, a projeção de crescimento do mercado de aviação civil comercial da América Latina, até 2031, é de 5,9%. A reforma nos aeroportos brasileiros e a realização da Copa do Mundo e da Olimpíada são algumas das causas desse aumento. No Oriente Médio, a projeção é de 7,3% para o mesmo período. Para a Ásia e para o Pacífico, de 5,4% e para a Europa, de 4,1%.

Três perguntas para: Aldalberto Febeliano, consultor técnico da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR)

No caso do A380, há interesse das companhias aéreas brasileiras em adquirir o avião? Existe mercado para ele no Brasil?

Com certeza tem mercado para ele no Brasil. Você tem pelo menos duas rotas possíveis: para Miami e para Paris, com dois ou três voos diários, cada, que poderiam ser trocados por um único no A380. O problema é que o passageiro prefere ter duas opções de horários. Se você trocar esses dois voos por um único, vai reduzir o nível de serviço ao passageiro. Talvez não seja muito inteligente trocar os dois voos.

Existe demanda, no Brasil, para dois voos com A380 em rotas como a de Paris ou Miami? Há uma demanda reprimida?

Precisaria ter quatro voos diários para Paris para poder trocar por dois A380. Não existe demanda reprimida porque, se ela existisse, os preços das passagens estariam mais baratos. Se você  tiver a possibilidade de vender mais passagens, as companhias vão vender.

Os aeroportos brasileiros têm capacidade para receber esse avião?

Seria necessário adaptar os aeroportos. Não é só a questão da pista. Os taxiways, aquelas vias em que o avião faz o táxi na chegada ao terminal de passageiros, teriam que ser mais largas. É preciso preparar o terminal de passageiros para receber o fluxo grande que chega ao mesmo tempo. Não é nada que não possa ser feito, mas tem que ser feito.


Bilhetes a R$ 40 mil

 
As companhias que adquiriram o A380 fazem questão de fazer uma venda diferenciada de passagens. Aquelas que optaram pelo luxo chegam a vender os bilhetes por até R$ 20 mil para rotas entre o Oriente Médio e a Europa. O conforto é a arma da propaganda: dividido em dois andares, o avião permite configurações com cabines individuais, duchas, lounges, bar e loja. A tripulação também conta com compartimentos de repouso no cockpit do piloto e na barriga da aeronave. A Emirates já anunciou que terá um terminal exclusivo em Dubai dedicado ao A380. A estrutura terá capacidade para receber 15 milhões de passageiros por ano, mesma quantidade que passa pelo Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.


Com um total de 550m² de superfície e uma largura de 7,14 metros, o A380 tem mais espaço e é vendido pela Airbus como mais confortável e mais suave nos movimentos. Mas a configuração interna depende das companhias aéreas. A largura dos assentos na classe econômica têm os mesmos 45,72cm que nos modelos A330 e A320. A questão está em quantas fileiras de assentos as empresas pretendem espremer para rentabilizar os voos. De acordo com a Airbus, a Air Austral, companhia da ilha francesa de Reunião, já encomendou um A380 equipado, principalmente, com assentos econômicos.


Mas empresas como a Emirates e a Singapore Airlines preferem vender a viagem no A380 como uma experiência em um hotel cinco estrelas. Na companhia com sede em Dubai, os passageiros da primeira classe contam com um spa a bordo, banheiros com duchas, cabines individuais com camas e portas de isolamento, bar e lounge. A passagem de ida e volta entre a cidade dos Emirados Árabes Unidos e Nova York sai por R$ 22.816, mesmo valor de um bilhete da TAM em primeira classe, sem cabine e em poltrona reclinável, entre Brasília e Nova York.


Na Singapore Airlines, o voo sai por R$ 26.915, na cabine de primeira classe chamada Suites. Já a Air France só voa com o A380 para o Caribe e o Oceano Índico. A passagem na primeira classe em formato de cabine para o trecho entre Perth, na Austrália, e Paris sai por R$ 41.457. Na Korean Air, as cabines levam o nome de Primeira Classe Kosmos Suites, e um voo entre Seul e Los Angeles custa R$ 21.688. A bordo, os passageiros podem até fazer compra em um freeshop aberto durante todo o voo.

Boeing recebe 47 encomendas de aviões na última semana

 
 
Até agora, neste ano, a Boeing recebeu encomendas líquidas de 1.115 novos aviões. As 50 novas encomendas recentes incluem quatro aviões 767 para a FedEx, um 777 para a Republic of Iraq, e 15 aviões 737 e 30 aeronaves 777 para clientes não identificados pela Boeing.

 China Airlines compra 6 aeronaves 777-300ER da Boeing - Maior companhia aérea em termos de receita de Taiwan vai gastar US$ 345 milhões.

A China Airlines, com base em Taiwan, disse nesta sexta-feira que comprará seis novas aeronaves de passageiros  Boeing  777-300ER, à medida que busca expandir o tamanho da frota diante de expectativas de que a demanda por viagens de lazer continuarão robustas.

A compra dos jatos, que custará US$ 345 milhões, cada, ocorre logo após a empresa anunciar no início da semana que faria um leasing de quatro aviões de passageiros do mesmo modelo da GE Capital Aviation. A compra mais recente de US$ 2,07 bilhões levará o número de jatos da China Airlines para 82.

Todos os 10 aviões, que serão utilizados em rotas de longa distância para a América do Norte e Europa, estão programados para serem entregues a partir de 2014, disse a empresa em um comunicado.

A China Airlines, a maior companhia aérea de Taiwan em termos de receita, tem aprofundado os esforços para aumentar o tamanho de sua frota e migrar para jatos com motor mais eficiente em combustível, enquanto a viagem de turismo e negócios em Taiwan aumentou constantemente desde a eleição de um presidente favorável à China em 2008. As informações

domingo, 23 de dezembro de 2012

Ano da aviação brasileira conta com recorde de passageiros e prejuízos



Quem vai viajar no fim deste ano já percebeu: os preços estão mais altos. Só que as empresas aéreas não estão comemorando, pois amargam prejuízos em 2012.
O ano em que os brasileiros mais andaram de avião foi o ano em que as empresas tiveram prejuízo bilionário. “Este é o cenário mais adverso em toda a série histórica da aviação nacional”, diz Paulo Sérgio Kakinoff, diretor-presidente da Gol.

Foi o ano em que a Webjet morreu, um ano que termina com disparada nos preços das passagens. Passar o réveillon em Fortaleza e voltar para São Paulo de avião pode custar R$ 7.841.

A alta no preço neste segundo semestre encerrou um longo período de passagens mais acessíveis. Nos últimos dez anos, houve alguns repiques, mas a tarifa média, que em 2002 era de R$ 498, caiu para R$ 272 em junho deste ano, já corrigida pela inflação. Veja os números:

Valor médio da passagem (em R$)
2002: 498,04

2003: 550,90

2004: 578,42

2005: 556,34
2006: 509,00

2007: 372,80
2008: 513,81

2009: 370,80

2010: 303,20
2011: 282,67

Janeiro a julho de 2012: 272,64

 Os preços em baixa fizeram o avião ultrapassar o ônibus como meio que mais transporta passageiros em viagens de longa distância. Por que esse salto nos preços agora, porém? Primeiro, há mais gente viajando de avião que no ano passado e as empresas diminuíram o número de assentos disponíveis.  “Promover a redução da oferta é a mesma coisa que vender água no deserto, ou seja, vão vender pelo preço que querem”, afirma Claudio Magnavita, conselheiro da Anac.

 As empresas se defendem: dizem que a maioria das passagens foi vendida a preços mais baixos e que só quem deixou pra última hora acabou penalizado. “Nós estamos vivendo uma conjuntura de custos maior. Então houve uma ligeira, não significativa, recuperação de preços nesse final de ano”, afirma Marco Antonio Bologna, presidente da TAM.

 “O preço da tarifa para o mesmo voo varia em função da antecedência com que a passagem é comprada em relação à data do voo e a velocidade que esse mesmo voo vai enchendo. Nesse final de ano, temos uma taxa de ocupação dos voos mais altos, o que faz com que assentos mais caros sejam comercializados”, explica Paulo Sérgio Kakinoff, diretor-presidente da Gol.

 O aumento nos preços veio depois de um ano ruim para as companhias aéreas, que amargam prejuízo de mais de R$ 1 bilhão. Como explicar a crise no balanço das empresas se o mercado continua crescendo? O movimento nos aeroportos é intenso. Em 2012, o Brasil deve bater um novo recorde no número de passageiros transportados.

 Foram 107 milhões de passageiros, quase três vezes o número de 2003, de 37 milhões, segundo a Bain & Company. Depois de um período de crescimento com a classe C, renda e emprego em alta, as empresas dizem que foram atingidas pelo que alguns chamam de "tempestade perfeita".

 É a conjunção de muitos fatores negativos: o aumento do querosene de aviação e a alta do dólar, que pressiona o próprio preço do combustível, além dos gastos com aluguel de aeronaves e manutenção. Culpam ainda o reajuste das tarifas aeroportuárias e a forte pisada no freio da economia.

 “Depois de uma década de crescimento de dois dígitos ano sobre ano, é o primeiro ano em que a gente está crescendo abaixo de 10%, ao redor de 7%, 8%, no mercado doméstico brasileiro”, diz Bologna.

 A saída foi cortar custos, e 2012 termina com uma cor a menos nos pátios dos aeroportos. O verde da Webjet saiu de cena. A Gol fechou a companhia um ano depois de comprá-la e demitiu 850 funcionários.

 "Eles não fazem o enfrentamento necessário com o governo pra diminuir os custos de impostos. Preferem diminuir no trabalhador, não dando reajuste salarial decente, demitindo e permitindo que quem fique trabalhe mais, faça excesso de jornada”, afirma Selma Balbino, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários.

 “É um custo alto, porém bem menor do que o custo de demissão de 17 mil pessoas que trabalham na Gol hoje”, diz Kakinoff, sobre o prejuízo da imagem causada pela demissão em massa de ex-funcionários da Webjet. “A companhia aérea com prejuízo de R$ 1 bilhão em um período de nove meses tem obviamente uma situação de sangria em caixa importante. Nós estamos tomando todas as medidas gerenciais justamente para mitigar esses efeitos, esses impactos”.

 Para André Catellini, especialista em aviação, o prejuízo também é reflexo de erros de estratégia cometidos pelas empresas. “Houve agressividade demais por parte das companhias aéreas, muita compra de muitas aeronaves, e esse número de aeronaves, acabou se verificando, foi além do que o país está pronto para absorver”, explica.

 Ninguém mais do que o passageiro torce para as empresas superarem a crise. Foi o crescimento do setor que fez com que a dona de casa Eliane da Conceição comprasse a primeira passagem de avião. Com o marido e os três filhos em São Paulo, estava prestes a embarcar para Maceió. “Estou com medo, porque eu nunca fui”, disse.

 A essa altura, o medo de voar já deve ter passado. Com o aumento recente das passagens, fica o medo de não poder repetir a experiência. “Todo sistema vive em função do passageiro e o passageiro não pode pagar essa conta”, afirma Magnavita.
Fonte:g1.globo.com

domingo, 16 de dezembro de 2012

Aviação civil tem falhas graves de gestão pública, dizem debatedores


Debate realizado pela subcomissão temporária de aviação civil na manhã desta sexta-feira (14) listou os problemas sofridos pelo setor aéreo no Brasil. O diagnóstico, feito por especialistas e representantes de empresas, associações e sindicatos, é o de que há um grave problema de gestão pública na aviação civil, com falhas que terminam por penalizar os usuários e prejudicar o crescimento econômico do país. O debate não contou com a participação de representantes do governo.
Entre os problemas listados na audiência pública, presidida pelo senador João Costa (PPL-TO), estão o alto preço dos combustíveis, que representam 40% dos custos das empresas, e a carga tributária elevada. Além disso, os debatedores apontaram as dificuldades operacionais, uma regulação confusa e inadequada em vários aspectos, a falta de investimentos (especialmente na aviação regional), a falta de mão de obra, e os problemas de gestão pública, em que órgãos governamentais se sobrepõem, dificultando a implementação de políticas para a aviação civil.
“Frankenstein”
Os professores Georges de Moura Ferreira, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, e Respício Antônio do Espírito Santo Jr., da Universidade Federal do Rio de Janeiro, fizeram críticas severas à gestão pública do setor.
Enquanto Georges Ferreira manifestou estranhamento pela ausência, na recém-criada Empresa Brasileira de Logística, de qualquer menção de planejamento para o modal aéreo de transportes, Respício do Espírito Santo classificou o gerenciamento da aviação civil do país como uma espécie de “Frankenstein”, com sobreposição e confusão na atuação de órgãos públicos, que seriam dirigidos por pessoas alheias ao setor.
- São pessoas extremamente boas e honestas, mas não são profissionais da aviação civil. Não têm a mínima ideia sobre a regulação de uma empresa de aviação de grande porte ou de táxi aéreo – afirmou.
A crítica do professor ao perfil dos dirigentes dos órgãos do setor foi reforçada pelos demais debatedores. Houve consenso de que “falta cheiro de querosene” de avião aos que fazem as regras da aviação civil no Brasil.
Respício afirmou ainda que um órgão de governo, como a Secretaria de Aviação Civil (SAC), que tem status de ministério, se confunde com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que é um ente de Estado. O professor também defendeu a vinculação da SAC ao Ministério dos Transportes e sugeriu a extinção do Conselho de Aviação Civil (Conac), que não elabora políticas para o setor e “não serve para nada”: apenas reage em momentos de grande crise.
Custos
A carga tributária e o preço dos combustíveis de aviação foram reclamações recorrentes. O representante da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), Carlos Ebner, sublinhou o papel da aviação civil para a economia. No Brasil, informou, o setor é responsável direta e indiretamente por quase um milhão de empregos e gera 1% do produto interno bruto (PIB).
Ebner afirmou que a Iata vê o Brasil, potencialmente, como o terceiro maior mercado de aviação do mundo. Mesmo assim, o país ainda está longe de atingir seu potencial: enquanto a média anual de viagens aéreas por habitante chega a 1,6 nos Estados Unidos e a 0,7 no México, no Brasil atinge apenas 0,4.
As principais causas, disse, estariam nos altos preços dos combustíveis – 40% dos custos das empresas aéreas do Brasil – e na alta carga tributária. Ele reclamou que os preços praticados pela Petrobras se referem a combustíveis importados, quando 75% do combustível utilizado são produzidos no Brasil.
O advogado tributarista Cairon Ribeiro dos Santos defendeu uma política tributária setorizada. Cada tipo de aviação civil teria uma abordagem própria. Empresas de grande porte, de passageiros, de táxi aéreo, agrícola, de helicópteros, teriam diferentes cargas tributárias.
- O sistema tributário tem que departamentalizar. Reduções tributárias devem ser setorizadas. Não podem ser benesses. Tem que ter matemática, tem que mostrar planilha – afirmou o advogado, para quem são necessários estudos aprofundados sobre os custos das empresas.
Para ele, é preciso ainda deixar de lado a ideia de que o setor aéreo é “da elite”: trata-se, salientou, de transporte pessoas e cargas.
Aviação regional
As carências da aviação regional também foram lembradas por vários debatedores. Presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, Walter Bartels disse ser necessário abrir novas linhas aéreas, com baixa densidade de tráfego, ligando pequenas cidades e comunidades, inclusive aos países vizinhos.
- A aviação é um vetor de desenvolvimento econômico. A Amazônia, por exemplo, é um caso em que o atendimento pela aviação passa a ser uma questão social, de saúde até – declarou, lembrando que a Embraer produz aviões de pequeno porte que poderiam ser utilizados em linhas aéreas que atenderiam a cidades menores.
Bartels disse que uma boa solução para o problema do custo dos combustíveis é o de desenvolver e aprimorar os biocombustíveis. O maior uso de bioquerosene, salientou, teria também a vantagem de baixar a emissão de CO2 na atmosfera. Ele lembrou que essa é uma preocupação das empresas, sendo que a aviação é responsável pela emissão de 2% de todo CO2, de efeito estufa. Ele também pediu fomento ao setor, com abertura de linhas de crédito para as empresas.
Regulação
Os problemas relacionados à regulação confusa, que seria inadequada aos mais diversos serviços relacionados à aviação civil, foram enumerados por vários dos debatedores. Wolner Aguiar, do Sindicato Nacional de Empresas de Táxis Aéreos (Sneta), também falou pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag). Ele disse que há má gestão do governo. Para ele, que criticou a Resolução 113, da Anac, que regulamenta o setor, “gente sem conhecimento técnico” para gerir o negócio toma decisões que prejudicam as empresas e os usuários.
Ele reclamou que faltam hangares, por exemplo, aos helicópteros de grande porte que servem à indústria petrolífera na costa do Rio de Janeiro.
Nelson Paim, presidente do Sindicato das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), também reclamou da regulamentação confusa. Para ele, “faltam servidores públicos e sobra burocracia”.  Nelson Paim disse ainda que faltam pilotos para a agroindústria brasileira.
A dificuldade para formação de mão de obra, no momento em que “os aeroclubes estão em extinção”, foi reforçada pelo engenheiro Benevides Carvalho, que representou a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abaer).
Carvalho sublinhou que o setor de aviação civil é sensível e estratégico para o país e costuma responder de forma rápida a decisões ruins tomadas pelo governo. Ele previu que as dificuldades vividas pelas empresas devem continuar em 2013.
Anac
Representante do Sindicato de Servidores da Anac, Carlos Montino apontou vários problemas administrativos e disse que falta pessoal para a agência reguladora. Segundo Montino, quando criada, em 2006, a Anac tinha a previsão de contar com 1.750 funcionários efetivos, mas conta, hoje, com apenas 900.
Para ele, as pessoas indicadas pelo governo para dirigir a Anac não têm compromisso com aaviação civil e encaram a função como uma “melhora no currículo”.
- As pessoas que tomaram posse da Anac não entendem o ambiente da aviação civil. Há um descolamento, que gera enorme frustração do servidor público da Anac – afirmou.
Relatório
O debate desta sexta-feira foi realizado para subsidiar o relatório final da subcomissão temporária de aviação civil, a ser elaborado pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Aviação-Protesto: Sindicato dos aeronautas decide adiar greve

SÃO PAULO, SP, 13 de dezembro (Folhapress) - O sindicato dos aeronautas - pilotos e comissários de bordo - decidiu adiar a greve que estava marcada para começar na tarde de hoje. A categoria, no entanto, manteve o estado de greve e não descarta parar ainda este ano. 

De acordo com o presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), Gelson Fochesato, a paralisação foi suspensa "devido ao avanço das negociações com as empresas e em respeito aos cidadãos". 

O Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) apresentou hoje uma nova proposta de reajuste salarial à categoria, de 6% para todas as faixas salariais. A proposta anterior era de 1,5% a 6%.

Em assembleia, a nova proposta foi rejeitada pelos aeronautas. A categoria iniciou as negociações exigindo 11% de aumento, mas baixou o pedido para 8,5%. De acordo com Sérgio Dias, secretário-geral do SNA, uma nova reunião com as empresas deve ocorrer amanhã. 

Após o fim da assembleia, por volta das 16h, os aeronautas seguiram para o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, onde realizaram um protesto. Com máscaras e faixas, o grupo invadiu o saguão de embarque e distribuiu panfletos aos passageiros com as principais reivindicações. Não houve confusão. 

Além de reajuste salarial, a categoria pede melhores condições de trabalho e se posiciona contra uma regra que pode diminuir o número de comissários nas aeronaves. Eles também protestam contra as demissões ocorridas neste ano, principalmente na Gol e Webjet - que foi comprada pela Gol e extinta em seguida. 

Os aeroviários, funcionários das companhias que trabalham em solo, ainda realizam assembleias em diversas cidades do país. A proposta patronal apresentada hoje é de reajuste de 3% a 6,5%, dependendo da faixa salarial. 

Tribunal

O Snea entrou no TST (Tribunal Superior do Trabalho) com pedido de liminar (decisão provisória) contra a greve dos funcionários. Foi pedido que as duas categorias mantenham 90% dos funcionários trabalhando, sob pena de multa aos sindicatos. 

O pedido será analisado pela ministra Maria Cristina Peduzzi, vice-presidente do tribunal. Ela abriu prazo para que os sindicatos dos trabalhadores informem se o movimento grevista já foi iniciado, e quantos empregados ficarão disponíveis para atender os passageiros. 

O Snea afirma que, caso a decisão seja favorável às empresas, a proposta apresentada hoje aos funcionários seria retirada e as negociações passariam a ser intermediadas pela Justiça. 

Fonte:www.jornalacidade.com.br

InfraBrasil Expo & Summit 2013 reunirá executivos que avaliarão as medidas do Governo

"O InfraBrasil Expo & Summit 2013 ocorrerá numa data estratégica em que poderemos avaliar as ações realizadas pelo governo durante esse ano e os reflexos dos próximos anos para os setores de infraestrutura de aeroportos, ferrovias, portos, rodovias, saneamento e transportes urbanos” afirma Pedro Nicolau, Gerente da Clarion Events Latin America, organizadora do congresso.
Destaque para o painel sobre “Oportunidades de Negócios, Desafios Institucionais e Aspectos Regulatórios nas Concessões de Portos e Terminais Portuários” que terá como participantes do Sr. Tiago Lima da ANTAQ, Sr. Wilen Manteli da ABTP, Sr. Marcelo Araujo do Grupo Libra e Sr. Luis Augusto Opice da EcoRodovias e Tecondi.
Para debater os projetos de mobilidade urbana para a Copa de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 já confirmaram presença o Sr. Vicente Abate, Presidente da ABIFER, Sr. Mário Manoel Bandeira, Presidente da CPTM, Sra. Ivelise Maria Longhi Pereira da Silva, Diretora-Presidente do METRÔ DF e Sr. Joubert Fortes Flores Filho, Diretor de Engenharia, Gerenciamento e Desenvolvimento do METRÔ RIO.
Entre os palestrantes e moderadores em destaque no InfraBrasil estão:
  • Ministro-Chefe da Secretaria de Aviação Civil, Senhor Wagner Bittencourt de Oliveira
  • Mário Manoel Bandeira, Presidente da CPTM
  • Viviane Esse, Superintendente de Exploração de Infraestrutura Rodoviária da ANTT
  • José Luis Demeterco, Presidente da BRADO LOGÍSTICA
  • Ivelise Maria Longhi Pereira da Silva, Diretora-Presidente do METRÔ DF
  • Wilen Manteli, Presidente da ABTP
  • Álvaro José Menezes da Costa, Presidente da COMPANHIA DE SANEAMENTO DE ALAGOAS
  • Paulo Roberto de Oliveira, Presidente da ABCON & GS INIMA BRASIL
A primeira edição do Summit reuniu mais de 550 executivos do mercado e contou com importantes participações como da Ministra do Planejamento, Miriam Belchior; Senadores Walter Pinheiro e Ana Amélia; Secretário Marcelo Perrupato, Deputados Arnaldo Jardim e Pedro Uczai, entre outros.
Informações gerais:Evento: InfraBrasiln Expo & Summit
Data: 28 e 29 de Janeiro de 2013
Local: WTC Convention Center, São Paulo, Brasil
Mais informações: www.infrabrasilsummit.com.br

Iberia cancela 4 rotas internacionais


A Iberia está cancelando quatro destinos internacionais, de acordo com sua política de reestruturação de rotas, para que a empresa volte a voar em céus mais tranquilos.
As cidades de Montevideo, Havana, San Juan e Santo Domingo, deixam de receber os voos da empresa espanhola a partir de 31 de março de 2013

US Airways em São Paulo


A US Airways inicia em 5 de maio de 2013 o voo Charlotte – São Paulo, diariamente, com um Boeing 767-200ER.
O voo decola de São Paulo às 8h25 da manhã, pousando em Charlotte às 17h25 local.


Delta e Gol compartilham loja de vendas de passagens

A Delta Air Lines e sua parceira brasileira, a GOL Linhas Aéreas, anunciaram sua segunda iniciativa para a venda conjunta de passagens no Brasil e a primeira em São Paulo. A partir de hoje a loja Voe GOL, localizada no bairro de Pinheiros, estará disponível para a venda de passagens das duas companhias.
“As vendas de passagens conjuntas da Delta Air Lines e GOL é mais um passo que reforça nossa parceria e oferta comercial no Brasil,” diz Christophe Didier, diretor da Delta no Brasil.  “Juntos, vamos oferecer mais opções para os nossos negócios conjuntos e também aos clientes corporativos.
“Junto com a Delta, já atendemos 99% da demanda entre o Brasil e os Estados Unidos. Esta é mais uma iniciativa extremanente importante para o fortalecimento do compromisso que temos com a Delta”, destaca Eduardo Bernardes, diretor Comercial da GOL.
A loja Voe GOL em Pinheiros está localizada na Rua Teodoro Sampaio, n°2183, e funciona de segunda a sexta-feia das 10h às 19h, e aos sábados das 10h às 14h.

sábado, 8 de dezembro de 2012

GOL Nega Lançar Empresa Na Republica Dominicana


Gol nega a informação de que estaria planejando criar uma nova companhia aérea na República Dominicana, conforme relata o site do órgão regulador de aviação civil do país caribenho.
Em nota, a empresa diz apenas que iniciou a venda de passagens para voos regulares para Miami e Orlando, nos Estados Unidos, e Santo Domingo, na República Dominicana. No comunicado, a Gol diz que a informação é "especulação", mas acrescenta que "avalia oportunidades que se encaixem ao seu modelo de negócio" e que sua presença com voos regulares na República Dominicana "gera expectativas".
Embora a Gol diga que a informação é atribuída ao site CH Aviation, o plano de lançar uma empresa é mencionado pelo site do Instituto Dominicano de Aviação Civil (Idac), órgão regulador do país caribenho.
Por telefone, a assessoria de imprensa do Idac confirmou à Agência Estado que a notícia publicada em sua página trata-se de informação oficial. Abaixo, a íntegra do comunicado enviado pela Gol.
"A Gol Linhas Aéreas Inteligentes informa ter anunciado única e exclusivamente o início da venda de passagens para voos regulares a Miami e Orlando, nos Estados Unidos, e Santo Domingo, na República Dominicana.Esta operação terá início no dia 15 de dezembro. Certamente a companhia avalia oportunidades que se encaixem ao seu modelo de negócio, porém a informação atribuída ao site CH Aviation não passa de especulação. A presença da Gol no país, com voos regulares, certamente gera expectativas. Porém, como sempre faz em qualquer ação desta natureza, percorrerá os caminhos habituais e informará oficialmente ao mercado."

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

88% dos passageiros de Guarulhos querem autoembarque



De acordo com pesquisa da SITA, quase 90% dos passageiros que passam pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, gostariam de utilizar o serviço de autoembarque. Este interesse dos passageiros somado à alta demanda por novos serviços de autosserviço de bagagem foram os principais resultados da SITA / ATW Passenger Survey, pesquisa anual sobre autoatendimento realizada nos principais aeroportos do mundo. O aeroporto de Guarulhos atende cerca de 30 milhões de passageiros a cada ano. O desejo pelo autoatendimento aumentou 66% em relação à versão de 2011.
A transferência para outros voos é a principal causa de estresse entre os passageiros de São Paulo e 86% estão interessados em utilizar os quiosques de autosserviço para transferir seus voos, o que representa um aumento de 65% em relação ao ano passado. Os resultados da pesquisa deste ano indicam que os passageiros estão receptivos aos autosserviços que irão facilitar a viagem.
Curiosamente, os passageiros de São Paulo querem mais novos serviços de bagagens do que a média global dos seis principais aeroportos pesquisados. Cerca de 88% gostariam de receber informações em tempo real sobre suas bagagens no celular; 79% gostariam de imprimir suas etiquetas de bagagens contra uma média global de 68%; e 69% gostariam de utilizar os quiosques de autoatendimento para despacho de bagagens. No caso de extravio ou uso indevido de bagagens, 92% gostariam de apresentar um relatório nos quiosques e 83% gostariam de fazê-lo através de seu celular. A demanda global existe. Apenas 17% utilizam a equipe de despacho de bagagens e apenas 1% despacha a própria bagagem, mostrando uma grande margem para o crescimento nesta área.
Elbson Quadros, diretor de contas da SITA e porta-voz do Fórum de Investidores em Infraestrutura Aeroportuária em São Paulo, diz: “Desde a nossa última pesquisa, há um ano, o uso de autoatendimento para a realização de check-in mais que dobrou; 35% dos passageiros já usam o serviço, contra 13% do ano passado. Os passageiros querem utilizar autosserviço através de múltiplos canais – quiosque, sites e celulares – ou seja, as companhias aéreas e os aeroportos podem usar o autoatendimento para melhorar a experiência do aeroporto, especialmente quando eles enfrentam restrições de capacidade e infraestrutura. Dos seis aeroportos que participaram da pesquisa, Guarulhos representa o maior índice, 85%, na utilização de check-in no autoatendimento de check-in, o que mostra que há um potencial cada vez para adoção do serviço em São Paulo”.
Não é nenhuma surpresa a popularidade dos serviços móveis neste aeroporto, 99% dos passageiros pesquisados tinham um telefone celular e pouco mais de metade destes passageiros tinham smartphones. Mais de 80% dos passageiros pesquisados estão interessados em fazer buscas de voos, assim como receber atualizações dos mesmos através de seu telefone, enquanto 82% gostariam de usar seus telefones para obter informações do aeroporto.
Quadros acrescenta: “A SITA trabalha com os aeroportos e companhias aéreas para ajudar a melhorar a experiência do passageiro e esta pesquisa oferece uma perspectiva única de suas necessidades. Nós temos aprendido aqui em Guarulhos, e também com a experiência da SITA em outras partes do mundo, que quando o autosserviço está amplamente disponível e bem promovido, o público responde com entusiasmo. Esperamos que o aumento do uso do autoatendimento se mantenha ao longo dos anos, assim como o crescimento de São Paulo, e poderemos prestar mais serviços ao aeroporto.”
Estes resultados são da 7a SITA/ATW Passenger Self-Service Survey, que usou uma amostra de 280 milhões de passageiros que passam pelos seis principais aeroportos mundiais: Internacional de Abu Dhabi; Capital Internacional de Pequim; Internacional de Frankfurt; Hartsfield-Jackson, Atlanta; Internacional de Chhatrapati Shivaji, Mumbai; e Internacional de Guarulhos International, São Paulo. A pesquisa inclui 2,526 passageiros de mais de 70 países.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Aeroporto de Araraquara terá voos comerciais a partir de 2013


O Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) e a Prefeitura de Araraquara (273 km de SP) confirmam para janeiro de 2013 a conclusão das obras de reforma e ampliação do aeroporto Bartolomeu de Gusmão.

Com investimentos de cerca de R$ 8 milhões, o novo terminal de passageiros terá 1.700 metros quadrados e comportará salas de embarque e desembarque, espaços comerciais para lojas e locadoras de veículos.

A ampliação abre caminho para a Azul Linhas Aéreas operar voos no aeroporto. A empresa manifestou interesse de realizar até três viagens diárias para Campinas (93 km de SP).

Do aeroporto de Viracopos, o usuário teria acesso às demais rotas oferecidas pela companhia, que neste ano anunciou fusão com a Trip.

A assessoria da Azul-Trip disse que a empresa deve encaminhar o pedido formal de autorização para iniciar suas operações em Araraquara logo após as obras serem concluídas. A solicitação será submetida à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Na região, apenas o aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (313 km de SP), opera voos comerciais regulares atualmente.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Araraquara, o aeroporto está recebendo a estrutura metálica que dará suporte à cobertura. A área, de 2.400 metros quadrados, será coberta com telhas termoacústicas --que dão proteção térmica e antirruído ao ambiente.

CLIMATIZAÇÃO

Segundo o engenheiro Roberto Braga, da Construtora e Incorporadora Engerb, responsável pela obra, os ambientes de embarque e desembarque serão climatizados. Conforme ele, o estacionamento já está concluído.

Além da cobertura, outras equipes de trabalho atuam no revestimento das paredes e no acabamento nos sanitários e na sala de controle.

"O revestimento externo de pastilhas azuis é padrão nos novos terminais. Agora, a obra ganhará um visual mais atraente", disse Braga.

Via assessoria de imprensa, o prefeito reeleito de Araraquara, Marcelo Barbieri (PMDB), disse que o novo aeroporto vai fomentar a economia e gerar empregos.

"Nosso parque industrial ficará mais atraente e aumenta a possibilidade de a cidade abrigar uma seleção durante a Copa de 2014 [cidades do interior do país poderão funcionar como subsedes no evento]", afirmou ele.

O município será o responsável por contrapartidas para viabilizar redes de água e esgoto, além da recuperação do pavimento de acesso e do estacionamento, iluminação, sinalização e toda a infraestrutura de comunicação.

Para liberar o funcionamento do aeroporto, a administração também deverá aprovar projetos junto à Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e órgãos ambientais.  

Ex-funcionários da PLUNA criam nova companhia Aérea


Ex-funcionários da Pluna, organizados em sindicatos, estão desenhando a criação de uma nova companhia aérea, após o fim das atividades da aérea uruguaia, em julho. A nova empresa poderia utilizar o mesmo nome e seria administrada pela cooperativa de ex-funcionários, com subsídios do governo uruguaio. Segundo informações do diário de turismo espanhol Hosteltur, a empresa já estaria pronta para voar em 1º de abril próximo. Segundo o secretário da presidência da República do Uruguai, Homero Guerrero, o projeto teria aporte de entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões do governo, como empréstimo.

A nova empresa teria sete aeronaves e 492 funcionários. Um porta-voz da cooperativa de ex-funcionários formada disse que a empresa deverá manter média de nove horas diárias voadas em cada aeronave e terá como plano de negócios a projeção de ocupação média de 60%. Seriam operadas 60 frequências semanais entre Montevidéu e Buenos Aires, 14 voos semanais a São Paulo e Santiago do Chile e outros sete ao Rio de Janeiro, Porto Alegre e Assunção. 

Fonte:rotadaaviacaonobrasil.blogspot.com.br

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ABEAR associa-se à Confederação Nacional do Transporte


O transporte aéreo brasileiro, que hoje se consolida como o principal meio de transporte de massa entre Estados, ganhou força nessa quarta-feira com a associação da ABEAR – Associação Brasileira das Empresas Aéreas e filiação do SNEA – Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias à Confederação Nacional do Transporte – CNT, em uma cerimônia realizada em São Paulo (SP). A partir de agora, o setor aéreo passa a integrar a pauta da CNT, que já representava as demais esferas de transporte – rodoviário, aquaviário e ferroviário – e que ao assumir também o transporte aéreo, fortalecerá suas atividades por melhorias no setor de transporte nacional como um todo. “Sabemos que as empresas aéreas já possuem uma grande participação e têm forte atuação no setor de transporte. Elas vêm somar com outros processos da CNT, com sua visão e importância econômica”, explicou o senador Clésio Andrade, presidente da CNT.

Historicamente o setor de aviação comercial não era associado ou filiado a nenhuma confederação. Considerando o novo cenário da aviação brasileira, no momento em que se tornou um modal e, por consequência, apresenta problemas de complexidade econômica, institucional e de infraestrutura, as empresas aéreas associadas à ABEAR e ao SNEA decidiram fazer parte de uma agenda mais integrada, a fim de passar a atuar coordenadamente com os demais setores de transportes. “Esse é um marco para a aviação civil brasileira, pois pela primeira vez as entidades representativas da aviação comercial se juntam à confederação que melhor representa o setor de transporte no Brasil. Estamos na fase de juntar todos os interlocutores do setor e permitir à sociedade falar”, explicou Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR

 Na avaliação do presidente da TRIP, José Mario Caprioli, que também responde como presidente do Conselho do SNEA e presidente do Conselho Deliberativo da ABEAR, a parceria permitirá a união de forças para o setor de transportes com apelo político e institucional. “Temos grandes desafios que vão da imagem do setor à sua infraestrutura, e na visão associativa em que contamos com uma nova governança (ABEAR e SNEA juntos), questões como política de transportes passa a ser prioridade”, contou Caprioli.

 A vinculação da ABEAR e do SNEA ao Sistema CNT permitirá às entidades uma melhor articulação do cenário atual e consolidação das demandas do setor aéreo junto ao setor de transporte como um todo. De acordo com o ato firmado, as soluções para os principais entraves do setor passam pelo fortalecimento de toda a cadeia produtiva da aviação e estas não podem ser avaliadas de maneira isolada e regionalizada. Na prática, além de contar com a infraestrutura física da CNT, as entidades aéreas irão dispor de investimentos na ordem de R$ 10 milhões para o processo de formação e qualificação de mão de obra. “Vamos investir em formação de alta qualidade para no futuro termos nomes de referência em política de transporte aéreo”, informa Sanovicz. A área técnica de estudos e pesquisas da CNT também contemplará o setor aéreo.

 Para o diretor-presidente do SNEA, José Márcio Mollo, a filiação chega para possibilitar melhorias na profissionalização do setor. “É uma ótima parceria, que vai permitir fazermos coisas até então impossíveis, como a realização de cursos, formação e desenvolvimento de estudos e pesquisas, que gostaríamos de fazer, mas que têm custos muito altos. Com a CNT haverá infraestrutura para isso”, contou  Mollo.

Também participaram da cerimônia de assinatura dos atos de associação e filiação, José Efromovich, presidente da Avianca Brasil; Marco Antonio Bologna, presidente da TAM; Renan Chieppe, presidente do conselho de administração da TRIP/AZUL; Basílio Dias, diretor de Assuntos Regulatórios da TAM; Constantino de Oliveira Júnior, presidente do Conselho da GOL, Alberto Fajerman, assessor da GOL; Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança e Operações de Voo da ABEAR; Adalberto Febeliano, consultor técnico da ABEAR; Adrian Alexandri, diretor de Comunicação da ABEAR; e Antônio Augusto do Poço Pereira, diretor Administrativo Financeiro da ABEAR.

Embraer dá início às obras do Centro de Pesquisa na Flórida


A Embraer S.A. deu início às obras de seu novo Centro de Engenharia e Tecnologia nos EUA. As novas instalações de 6.224 m² (67 mil pés quadrados) devem ser inauguradas em meados de 2014 e vão abrigar os 200 funcionários que o Centro prevê empregar até o final de 2016.

Localizado em uma área de 52 mil m² (13 acres) no Aeroporto Internacional de Melbourne, o Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer nos EUA representa um investimento de US$ 26 milhões ao longo dos próximos cinco anos e faz parte da estratégia de longo prazo da empresa de estar mais perto de seus clientes e principais mercados.

“O desenvolvimento contínuo da Embraer na Flórida reflete nosso crescimento enquanto empresa global e nosso compromisso com o mercado americano”, disse Frederico Fleury Curado, Diretor-Presidente da Embraer.

“Nossa estratégia é ampliar globalmente o escopo e a profundidade de nossa capacidade de engenharia, visando permitir que a Embraer colha todos os benefícios de seus talentos de engenharia e recursos por todo o mundo”, disse Walter Pinto Jr, Diretor Administrativo.

No estado da arte, o Centro de Engenharia e Tecnologia nos EUA contará com sistemas de CAD 3D, Fluidodinâmica Computacional, Modelagem de Elementos Finitos, Centro de Realidade Virtual 3D, recursos para desenvolvimento de protótipos e laboratórios sofisticados, além de outros equipamentos de teste.

Demanda cresceu 6,69% em outubro

Avianca apresenta maiores taxas de expansão e de ocupação

Brasília, 30 de novembro de 2012 - A demanda doméstica do transporte aéreo de passageiros (passageiros-quilômetros pagos transportados – RPK*) cresceu 6,69% em outubro de 2012 quando comparada com o mesmo mês de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para o mês de outubro desde o início da série em 2000.
A oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK) sofreu redução de 2,13% em outubro de 2012, após oito anos consecutivos de crescimento para este mês.
A demanda acumulada (janeiro a outubro de 2012) apresentou crescimento de 7,24% em relação ao mesmo período de 2011, enquanto a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK) cresceu 4,71% no mesmo período.

Entre as seis empresas que apresentaram participação no mercado doméstico superior a 1% (em RPK), a Avianca destacou-se com a maior taxa de crescimento da demanda (69,83%) em outubro de 2012, quando comparada com o mesmo mês de 2011.

Taxa de Ocupação (Load Factor)


A taxa de ocupação dos voos domésticos de passageiros (RPK/ASK) alcançou 73,70% em outubro de 2012, contra 67,61% no mesmo mês de 2011, o que representou uma melhora de 9,01%. No período de janeiro a outubro de 2012, a taxa de ocupação cresceu 2,41%, passando de 70,47% em 2011 para 72,17% em 2012. Trata-se da melhor taxa de ocupação para o mês de outubro desde o início da série em 2000.

Entre as 6 empresas que apresentaram participação no mercado doméstico superior a 1% (em RPK), a maior taxa de ocupação em outubro de 2012 foi alcançada pela Avianca, com 82,19%.

Participação de Mercado (Market Share)


O Grupo TAM e a GOL lideraram o mercado doméstico em outubro de 2012 com participação (em RPK) de 41,11% e de 33,92%, respectivamente. O Grupo TAM aumentou a sua participação de mercado em 3,75% em relação a outubro de 2011, tendo passado de 39,62% para 41,11%. Já a Gol teve reduzida em 8,44% a sua participação no mesmo período, caindo de 37,05% para 33,92% no mesmo período. A participação das demais empresas no mercado doméstico, por sua vez, apresentou crescimento de 7,04%, tendo passado de 23,33% em outubro de 2011 para 24,97% em outubro de 2012.

Entre as 6 empresas que apresentaram participação no mercado doméstico superior a 1% (em RPK), a Avianca registrou o maior crescimento na participação de mercado em outubro de 2012 quando comparada com o mesmo mês de 2011, tendo passado de 3,74% para 5,95% (crescimento de 59,17%).


Transporte Aéreo Internacional de Passageiros (empresas aéreas brasileiras)

A demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras apresentou redução de 3,28% em outubro de 2012 em relação a outubro de 2011. A oferta registrou redução de 0,53% no mesmo período. De janeiro a outubro de 2012, houve queda de 0,44% na demanda, enquanto a oferta registrou redução de 1,96%, quando comparadas com o mesmo período de 2011.
Os Dados Comparativos são elaborados com base nas operações regulares e não regulares de empresas brasileiras concessionárias dos serviços de transporte aéreo público de passageiros.

Mais informações podem ser obtidas no relatório de Dados Comparativos, publicados hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), disponível no endereço


Fonte:anac.gov.br