quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Aviação-Protesto: Sindicato dos aeronautas decide adiar greve

SÃO PAULO, SP, 13 de dezembro (Folhapress) - O sindicato dos aeronautas - pilotos e comissários de bordo - decidiu adiar a greve que estava marcada para começar na tarde de hoje. A categoria, no entanto, manteve o estado de greve e não descarta parar ainda este ano. 

De acordo com o presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), Gelson Fochesato, a paralisação foi suspensa "devido ao avanço das negociações com as empresas e em respeito aos cidadãos". 

O Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) apresentou hoje uma nova proposta de reajuste salarial à categoria, de 6% para todas as faixas salariais. A proposta anterior era de 1,5% a 6%.

Em assembleia, a nova proposta foi rejeitada pelos aeronautas. A categoria iniciou as negociações exigindo 11% de aumento, mas baixou o pedido para 8,5%. De acordo com Sérgio Dias, secretário-geral do SNA, uma nova reunião com as empresas deve ocorrer amanhã. 

Após o fim da assembleia, por volta das 16h, os aeronautas seguiram para o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, onde realizaram um protesto. Com máscaras e faixas, o grupo invadiu o saguão de embarque e distribuiu panfletos aos passageiros com as principais reivindicações. Não houve confusão. 

Além de reajuste salarial, a categoria pede melhores condições de trabalho e se posiciona contra uma regra que pode diminuir o número de comissários nas aeronaves. Eles também protestam contra as demissões ocorridas neste ano, principalmente na Gol e Webjet - que foi comprada pela Gol e extinta em seguida. 

Os aeroviários, funcionários das companhias que trabalham em solo, ainda realizam assembleias em diversas cidades do país. A proposta patronal apresentada hoje é de reajuste de 3% a 6,5%, dependendo da faixa salarial. 

Tribunal

O Snea entrou no TST (Tribunal Superior do Trabalho) com pedido de liminar (decisão provisória) contra a greve dos funcionários. Foi pedido que as duas categorias mantenham 90% dos funcionários trabalhando, sob pena de multa aos sindicatos. 

O pedido será analisado pela ministra Maria Cristina Peduzzi, vice-presidente do tribunal. Ela abriu prazo para que os sindicatos dos trabalhadores informem se o movimento grevista já foi iniciado, e quantos empregados ficarão disponíveis para atender os passageiros. 

O Snea afirma que, caso a decisão seja favorável às empresas, a proposta apresentada hoje aos funcionários seria retirada e as negociações passariam a ser intermediadas pela Justiça. 

Fonte:www.jornalacidade.com.br

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